sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Questão de opinião III

Ao contrário de Caetano Veloso, que considera o pagode baiano a melhor coisa do mundo, a cantora Margareth Menezes não economiza nas críticas ao gênero musical, conhecido pelas letras com forte apelo sexual. Participando de uma palestra sobre violência, realizada na UCSal, no dia 12 de maio, a cantora resolveu lembrar de um episódio no qual foi desprezada pelo público que só queria saber de se requebrar.

"Fui fazer um show aqui em Salvador onde tinha uma banda de pagode que tocaria depois de mim. Eu cantei samba-reggae, cantei reggae e o povo não reagia. O povo só reagia à quebradeira, aquela coisa ridícula. Eu acho aquilo ridículo mesmo. É uma porcaria!", desabafou Maga.


Bom, o pagode baiano (conhecido aqui no Maranhão como swigueira), representado por alguns grupos musicais, notoriamente tem forte apelo sexual, às vezes até pornográfico, visto por uma visão mais conservadora. No entanto, há bandas e bandas, isto é, tem aquelas que buscam atingir algum objetivo profissional, por isso conduzem suas carreiras de forma mais cautelosa. Outras fazem músicas, usando bastante o duplo sentido, com um único objetivo de se tornar um "hit" por um período de tempo, e, para isso, não têm nenhum pudor em utilizar palavras, gestos, danças obscenas.

Obviamente, as atitudes dessas bandas "eróticas" não agradam a todos, logo as pessoas, ao ouvi-las, classificam-as como pornográficas, mesmo que seja uma pequena parcela do segmento musical.

Constatemente vemos uma nova dança digamos...nada convencional. Ela fica em evidência um por um período de tempo, eventualmente aparece num jornal local ou (raramente) nacional devido a alguma polêmica, tem grande repercurssão, mas logo depois cai no esquecimento e a banda, consequentemente, fica fora da mídia. As bandas mais consolidadas dificilmente fazem músicas com muito apelo sexual. É lógico que em algumas letras existe certa dose de erotismo, mas nada muito vulgar e apelativo.

Gosto muito de algumas bandas de pagode. A banda que mais gosto é Oz Bambaz, acho muito bom. Mas aquelas músicas apelativas não gosto não, nem pra ouvir, nem pra ver, nem pra dançar.

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